terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Amor e Desamores = 03

Amor.

Acabou.

Morreu um personagem.

Era jovem, curioso e apaixonado pelo desconhecido, nada de novo ou espantoso, ou até mesmo díspar quando comparado com tantos outros rapazes.

Sonhador, também.

Quis ser único a cada instante.

Quando havia um aniversário, pegava na sua imaginação e lutava por um fim único, procurava ser diferente, para que o sorriso do contemplado também ele fosse diferente, espanto e contentamento era o que procurava, e muitas foram as vezes que o conseguiu.

Quando beijava, sonhava... humedecia os seus lábios, escutava o desembaraçar dos lábios alheios e quando os tocava, deixava que estes pronunciassem palavras de amor.

Quando tinha saudades, rapidamente as esquecia. Os quilómetros de distância ainda eram alguns, perto dos 500 muitas vezes, mas nada que algumas longas horas de viagem e intensos suspiros ansiosos pelo caminho, não vislumbrassem um beijo ou um abraço sentido à chegada.

Quando deu conta que morrera, ficou.

O intuito?

Minimizar.

E há tanto para minimizar.

Abandono? Serve facilmente de exemplo. Este rapaz não quis nunca abandonar o "outro", sabe como ninguém a tristeza que é, ser abandonado. Deixa para trás por breves, longos instantes o novo rapaz e faz do antigo, o ser capaz de demonstrar que existe mais qualquer coisa para além do amor de uma vida. Sem sucesso é verdade, mas tentou.

Saudade? Só o tempo a transporta para outros Mundos, até lá... minimiza-se o sentimento de saudade.

Empatia? Se ainda existisse... resta mesmo, minimizar a sua perda há muito consumada.

Lutou para que tudo fosse diferente.

Sabes Jonhy, cuidado... quando se gosta, tudo se faz, inclusive: sofrer!

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